9 de jan. de 2022

Mais lágrimas

Pensar em nunca mais, trás arrependimento. Como podiamos ter feito diferente. Como podia ter agido diferente. Tudo fica destruído no mundo à minha volta. Já ninguém me protege, e nunca tive tempo para aprender a proteger alguém. Tão curto, tão revoltante, tão triste, não protegi, não fui capaz. Não soube amar direito. Apenas liguei ao ego e à vontade de ter, não olhei os pormenores. Porque só agora vejo o que podia ter visto à muitos anos. Sou tão tolo e idiota. Um egocentrista tolo, não fiz nenhum bem. Apenas observei, opinei, e nada fiz. Afastei fugi. Nem lutar lutei. Arranjei desculpas. Cruzei os braços, acusei. E agora choro. De arrependimento, sim, de não ter feito mais, podia ter feito mais. Concerteza que sim. Mas metime na concha me fechei para o mundo. E vou morrendo lentamente. Aos poucos, com o escorrer das lágrimas, perco o foco, a esperança. Só vejo medo. Me perdoa a fraqueza. Eu te amo. E um dia antes ou depois da vida, irei provar.

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