Aparece do nada

 Do nada aparece vinda do ar. ' Coitadinha de mim, vim te falar, com tanta preocupação, e tu me respondes assim. Não entendo porque deixam de falar comigo. Não te fiz mal nenhum.' 

Já viste algum animal atacar sem ter motivo. Eu nunca vi. Já tive, muitas agulhas espetadas no meu coração por tua causa. Já chorei muito por tua causa.  Tenho andado perdido por tua causa. Pela dificuldade que tem sido superar a tua perda. Vais, e vens, e nem tentas entender se me vais magoar. Pediste emprestado, e nem justificas-te, a falta de liquidação da dívida. Nem um 'desculpa ainda não pude'. 

Não, é só um 'bom dia' e está tudo bem. Não, não está. Tenho tudo muito aflorado. Vê lá se não puseste o rabinho entre as pernas e não foste embora. Pois. Se viesses com boas intenções tinhas tentado te justificar, tinhas tentado, ser melhor compreendida. Tinhas pedido desculpa. Não fugias. Vai, e não voltes. Posso morrer com a mágoa de nunca ter sido amado, por quem mais desejei. Mas agora, te expulsar da minha vida, é a minha maior demonstração de amor, e coragem. Ia sair, e já até desisti da ideia, pelo estado nervoso em que fiquei e estou. Uma descarga enorme de energia, que se espalhou por todo o corpo. MERDA.

Dia 6

 Uma longa aventura, espera por mim. 

Permito-me viver, causando dores, permiti-me viver, magoando, quem nada teve a ver com as minhas dores, olho para eles e penso, que tenho eu a ver que esteja em dor. Também já eu passei por essas dores e estou aqui, mas aí, vou ao meu mais infimo mote de vida, que é, não fazer aos outros o que me fazem a mim. E agora pensa. Não é o que tenho feito. Muito pelo contrário. Escondido, nas traseiras de uma reliquia dos tempos modernos, me vejo causando, o que mais tenho causado. Mas vou viajar em busca do tesouro, que os meus antepassados, não conseguiram. Ele foi fraco, foi um herói, mas foi fraco. Deixou a vida, dizer que estava na hora, e foi. Nem tentou resistir à dor,  não tentou fugir do relaxamento dos musculos que a morte causa. Não, foi sem lutar, e ainda estas bruxas, me dizem, que nada sabemos dele, nem delas. Sei. É fácil largar, é fácil causar dor, mas não é fácil enfrentar o fantasma da minha existência, o coração é cheio de pontos negros, a escuridão reina no coração. Se assim não fosse, toda a pele era transparente, e não opaca. Ele trabalha no meio da escuridão, preso, nas entranhas, rodiado, de outros órgãos que de luz nada sabem. Que de amor, nada percebem. Só os olhos vêem, e percebem o que é a luz, é deles que o coração precisa tirar as suas lições, é dos olhos que vêem, é das mãos que tocam, é dos ouvidos que escutam, do nariz, que inala odores, e os leva até aos pulmões, que do lado do coração trabalham, e dos paladares, que a boca sente, o coração só absorve na escuridão o que por aí entra e sai. Mas nada ele leva diretamente. Tudo lhe chega filtrado, por um expesso liquido marrom. Que ele espalha para todo o corpo. O órgão mais podre de sentidos, é o que nais nos magoa, quando dos sentidos, nada recolhemos.

Dia 5

 As maçãs do teu rosto, são um belo aconchego aos meus lábios. Amo tocá-las com a ponta dos meus dedos, deixando-te com cocegas, e dizendo, ai não, faz cocegas. Porque o carinho é assim, um misto de sensações leves, suaves, que quando não estamos habituados, temos tendência a estranhar. A rejeitar até em alguns momentos. Já vivi isso, já rejeitei muito carinho em prol de ser duro, pouco sentimental, e não deixar me magoar, pela entrega da minha alma em mãos maldosas. A ti, entrego, não para cuidares, mas para te acarinhar, dar o que gosto de receber, e quem sabe crescer e aprender a dar cada vez mais, e conquistar, mais para te dar. É irracional demais. Sigo por instinto. Se usá-se o cerebro, teria congelado o coração na escuridão mais terrifica dos grandes buracos negros do universo. Isto é tão curto e passageiro, que a entrega nem é uma entrega, é um beijo no rosto, que sabe tão bem. Mas que dura um instante. Nada dura menos, que um abraço nos teus braços, de tão bons e verdadeiros que eles são. Tenho medos, mas o maior medo, é de te perder de vista. Mesmo depois de já ter fugido tantas vezes. Sempre chorava no recanto da alma. Pela fraqueza, pela distância, pela perda. Nada dura para sempre, vou aprender a cuidar, para mimar, quem muitos mimos precisa.

Dia 4

 A força da tua luta, é impressionante, eu percome nas densidades da vida, à procura dos meus desejos mais mundanos. Estou feliz. Ficando realizado nesse ponto. Que agora olho ao redor,  à procura de mais. Quero lutas para mim. Conquistas, sair desta inércia. Para uma vida mais saudável, e vivida. Tu és linda.

Dia 3

 Nada mais importa, do que a boa vivência com quem nos rodeia. Por mais qe a bruxa, tenha sido má para o garoto, ela não fez mais do que dar amor, e kostrar que ele até pode muito querer ir. Mas que ainda não te preparação soficiente. Ainda assim, ela não o proibiu, apenas lhe deu a mão, para lhe ensinar. Que ela que é mais forte não teve a sorte de conseguir avançar mais. O garoto, começou a sua jornada, contente da vida, era a primeira vez que saía a sério para uma aventura.  

Desde que a sua amiga bruxa o derrotou, ele treinou intensamente até ao dia em que decidira deixar a vila. Daqui para a frente, é comigo. Não quero o tesouro para mim. Só o quero ver com os meus olhos e perceber se é assim tão grande. Quero ver.

Dia 2

 Os desejos à flor da pele, são proprios da idade jovem e imatura. Correr de um lado para o outro sem pensar nas consequências. Este o jovem que cresceu a ouvir histórias de aventuras, sem saber, que para isso foi preciso grande sacrifício, e muito, muito tempo de preparação. Mas o que é correto é que o que foi bem planeado acabou por não acontecer. E talvez este jovem irresponsável consiga, concluir os seus desejos, sem que nada de mal lhe aconteça. Miudo desnaturado, ainda nada sabe da vida, e já vai arriscar, o que foi tão dificil de criar para a sua mãe e pai. Mas esses, humildes sobreviventes da terra, de uma vida monótona nada podem fazer, para o impedir. A vida do filho é da responsabilidade dele,  eles o criaram, forte e com valores. O resto agora parte do coração dele. 

Ele levanta-sa, não faz mal eu hoje perder para ti. Não vou desistir aqui, vou percorrer o meu sonho, e se morrer tentando, morro feliz. Vocês são mesmo bruxas más.  

Ele dá meia volta, e vai até ao seu esconderijo que ficava junto à entrada da vila. Depois de alguns anos,  um monumento havia sido erguido em honra do último aventureiro que ali tinha chegado. E o seu esconderijo, tinha a janela com uma vista previligiada para a estátua do aventureiro. 

Aventura novo dia 1

 Aconteceu tudo tão depressa, a história dele acabou sem ter um final, mas a sua história manteve-se viva para as gerações seguintes. Passados vinte anos, a Maria e a Ana, viviam juntas, numa casa afastada do resto da vila laranja. Eram chamadas de bruxas, malvadas, porque raramente eram vistas na vila, e quando eram vistas,  estavam sempre juntas. E contavam histórias fantasiosas, de um aventureiro que haviam conhecido. Um miudo que cresceu naquela vila, não sabia nada do que acontecia na vila anterior, mas cresceu a ouvir as histórias das duas bruxas. De olhos arregalados ele as escutava com grande atenção, novo entrou numa escola de esgrima, e dominou a arte do jogo do pau, agora com os seus 18 anos decidiu sair de casa. E fazer a viagem que ficara inacabada por um bandido anónimo. 

Eu vou ser o maior aventureiro da história, voi superar a vossa aventura, e fazer mais do que o aventureiro, eu vou chegar ao fim. Vou conquistar o monte violeta, que bem o rival do aventureiro ainda conseguio.  Um morreu,  o outro desapareceu. Todos fracos. Eu vou ser o maior. 

Garoto, chega aqui, chamou a Ana. 

Assim que ele se aproximou, com um rapido movimento e bastante preciso, deitou o garoto o chão.

Se te deixas mandar ao chão por uma mulher destreinada como eu, o que farás cobtra grandes vilões. Eu e a Maria ainda tentámos seguir a viagem mas eu que te derrubei aqui com grande facilidade não tive força para me afastar mais do que alguns quilómetros daqui. Ainda és fraco.