Savana

 À quanto tempo não te via.
Lembraste-te, daquela noite, em que saímos todos, fomos aquela dicoteca, bebemos uns copos, e prometemos que um dia, íamos viajar até à savana?
Acho que me lembro, sim. Não me digas que foste.
Digo-te pois, foi uma bela merda de ideia. Mais te conto, estavamos nós na viagem. Lá naqueles jipes, a ir em direção aos leões e aos animais da savana.
Já me doi o coração só de lembrar, vimos ao fundo uma leoa.  Eu apontei o dedo e disse"parece um gato". Parecia. De longe. Mas fomos chegando mais perto, e o gato foi crescendo. A certa altura, estava tão grande, que as minhas cuecas ficaram pequenas.. Era só isto que te queria dizer. Quando lá fores. Leva um par grande. Porque o gato não é pequeno.

Quando era mais novo

 Levou algum tempo para decidir. E mesmo agora vai ser de improviso a memória. Pelo menos, depois de mais de 24 horas, já comi alguma coisa. Já penso melhor.

Vou contar o meu lado aventureiro, sempre o fui, não sei onde o perdi,  mas foi embora, antes de ter tempo de me lembrar. Uma das primeiras aventuras,  era quando era uma criança autêntica, pois morei numa vivenda,  com os meus pais e avós, uma casa isolada no meio de um terreno, onde o meu avô era o viveiro da casa. Assim sendo todo o terreno em volta da casa,  era baldio, arvores e terreno de plantação. No meio da coragem, decidimos,  dar a volta à casa, durante a noite. Nessa hora é tudo escuro, não há luzes. Só a esperança de chegar à luz da porta de casa.

O desafio era ir o mais devagar possível. 

A minha avó mais velha. Mais destemida, se aventurou primeiro. A vemos chegar, vinda da direcção oposta, à que tinha partido. Sem grande pressa. 

Bom agora que ela chega sem lhe ter acontecido nada. Vou ser obrigado a ir.  Se ainda tivesse aparecido algum dragão, ou algum animal, agora podia me esconder. Mas não, lá vou eu. 

Virei pelo lado esquerdo da casa, por onde a minha avó havia desaparecido, até ali ainda era muito perto para sentir medo,   assim que cheguei, à plantação das videiras, que focava neste canto da casa, virei de novo à esquerda, em direcção às traseiras da casa, este percuro ainda fazia parte do percurso para a saída do terreno, que fazia todos os dias. Ainda era um lugar comum, ora passavamos em frente da taverna do meu avô.  Agora na penumbra da noite, mas ainda familiar. A meio do percurso, ao invés de seguir pelo desvio à direita,  e caminharmos na direcção do portão para a saida do terreno. Segui em frente, e passei por uma ombreira de porta, sem porta, apenas havia a ombreira, e do outro lado, era uma zonha de quintal descuidado, as traseiras da casa por assim dizer. 

Estas traseiras, apesar da escuridão era um dos locais prediletos de brincadeiras durante o dia. Longe de olhares,  e propicio, para fazernos asneiras. Passei por detrás da casa, sem grande problema, uma distância curta e rápida, até chegar à nova esquina, marcada por uma figueira, onde eu trepava, para tirar e comer muitos figos bons. 

Mas era agora que a escuridão se adensava,  do meu lado esquerdo a  parede alta da casa, que com a minha pequena estatura, parecia interminável. E extremamente alta, do outro as copas das arvores, que nasciam ao longo de uma pequena rebenceira, de onde não via o fundo. Sabia que terminava, junto de uma estrada,  mas naquela escuridão.  Nada mais era visível. Parei, respirei fundo, eu sabia, ao minimo ruído ia voar dali para fora com uma rapidez tremenda. 

Nada

Dei o primeiro passo, apenas escuto o pousar do meu pé na terra, húmida e fria, com o mexer de uma folha que eu também pisei. E começo a caminhar, olho em volta, mais na direção da rebenceira. Vou andando, até que sem nada escutar, mas com o aperto no peito a aumentar, desisto e me ponho a correr dali para fora.  Chego na esquina, abrando.  Agora em campo mais aberto. Caminho como se nada tivesse acontecido, avisto a porta da entrada. Vou todo sorridente.  

- Não tive medo de nada. Foi sempre a andar. 

Mal eles sabiam.

Desafio 2

- Amoreee, vamos fazer uma viagem de avião, vamos, quero muito... - De avião, estás louca, tu morres de medo de avião. - Não morro nada, no máximo morro se ele cair. - Mas de onde é que saiu essa ideia de fazer uma viagem, onde raio queres tu ir? - O destino podes escolher tu amor, eu só quero ir. A minha amiga Camélia, foi na semana passada, com o marido, e ela disse que adorou. - Eu vi logo, tinha de ser a tua amiguinha fofinha, aquela vadia. - A minha amiga não é vadia, mas vá lá amoreee... Vamos... - Está bem. Tenho uma ideia, prepara-te. Vais amar ver as nuvens lá do alto. - Ai amor, este mercado é lindo, mas para que é o cesto? - Não te preocupes e segue-me. - É melhor não entrar-mos aí, vai dar asneira amor. É uma loja de bruxarias. Não gosto.  - Deixa-te disso olha este quadro, não é bonito? "Este quadro contem um feitiço, escuta quem ouve, fala quem lê." - E não é que está certo, tu leste e eu escutei, é feitiço ou piadas? - Escuta esta, " Tapeçaria no chão te sustenta, lustres no teto, te iluminam." - Hahahaha... Ai amor, até agora tudo certo. Deixa ver o que diz este " A mulher trouxes-te a passear, porque foi ela a mandar." Afinal, não tem assim tanta piada. Vamos embora amor. - É. Vamos. "Até à próxima visitante, como adivinhei, da próxima trás a amante".

 Não é o que disseres, é a energia que colocas no que dizes.

Ser de luz

 É isso, see feito de luz, é compreender que também temos sombras, tentei te acusar, de todo o mal da minha vida atual, tentei, mostrar, que não estava afetado. Mas estou errado. Tu não fizes-te nada de mal, eu que não tenho alicerces suficientes, para me manter, vivo,  pendente de opiniões, e desejos alheios. Podia dizer que sou um verme. Mas quero mudar o pensamento.  Sou um ser de luz. Tenho algumas sombras. Por vezes a luz não se vê. Mas cresço. E aprendo. Procuro o que não tenho, e isso é normal.  Preciso de mais tempo, mais sabedoria, mais pilares, e ficarei mais forte. Se conseguir.  Tentar.  Tenho muito para viver.

Corvo

 És como um corvo. Sempre à procura de objetos novos e brilhantes. Metes as garras, levas para o ninho e largas. Depoia voltas a procurar novo. 

Corvo é uma ave da família dos corvídeos, normalmente caracterizado pela sua plumagem escura (geralmente preta) e encontrado em quase todos os continentes. Popularmente, o corvo é interpretado como o sinal místico de mau presságio.  Simbolicamente, o corvo é relacionado com o mau agouro, a morte, o azar e com outros elementos obscuros e sombrios. No entanto, também pode simbolizar algumas características positivas, como a sabedoria, a astúcia e a fertilidade. 

É um pouco o que fazes. Uma parte de mim morreu contigo. Mas há mais passaros, e se não estás no ninho, há mais quem pegue. 

A figura do corvo está presente na mitologia de diversas culturas ao redor do mundo. Na Ásia Central e Ásia Oriental, por exemplo, existe o Yatagarasu – um corvo de três pernas – conhecido por ser o mensageiro do céu e do deus do Sol.  Cada uma das patas do Yatagarasu representaria uma das qualidades básicas dos deuses, de acordo com a mitologia japonesa: chi (a sabedoria), jin (a benevolência) e yuu (o valor).  O Yatagarasu não é interpretado como um sinal de mau presságio, mas sim como um poderoso navegador, característica esta observada nos corvos, que são capazes de se orientar facilmente mesmo em terras desconhecidas.  Na tradução do japonês, Yatagarasu significaria aproximadamente “Corvo de 8 Pernas” ou “Supremo Corvo Divino”, visto que para a cultura japonesa o número oito é interpretado com sinônimo daquilo que é "supremo" e "perfeito". 

 Corvo na Bruxaria 

 Os corvos também são constantemente associados aos contos de feitiçaria e bruxaria. De acordo com muitas culturas, as bruxas e feiticeiros utilizam das capacidades de premonição dos corvos para prever o futuro e se comunicarem com as forças espirituais do além, já que o corvo também representaria a ligação entre o mundo dos vivos e dos mortos.  Na Idade Média, principalmente, também se acreditava que os corvos seriam os animais de estimação das bruxas, ou que estas teriam a capacidade mágica de se transformar nessas aves.  Mas, por outro lado, os xamãs – feiticeiros indígenas – de tribos norte-americanas encaravam os corvos como seres divinos, animais conselheiros dotados de sabedoria. Costumavam ser representados em totens de proteção contra energias negativas.

Tempo

 O tempo tudo dilui,  eu nem sei onde é que ficas-te ofendida, ou chateada. Não fiz nada contra ti, mas o certo, é que fugiste, como o diabo foge da cruz. Ainda bem.  Que se és o diabo, e eu a cruz. Ias te estar sempre a queimar.  E eu sempre a sofrer, por magoar. Novas chuvas virão, novos rios se formarão para eu navegar. Só espero que a dança resulte... Chuva, chuva. É o que é preciso.  Assim te posso pegar no barco e te trazer comigo. Ou viver contigo. Lá vais o destino dizer, é amizade. Nunca escondi, que gosto. Não tens que implicar. Fui honesto. Vamos ser gato e cão, tu mias, eu ladro, tu metes as unhas de fora e eu calo...  😂😂😂 Leveza. Leveza.

Segue

 Segue, vai...  Eu fico.  Se há casa que eu não posso abandonar, é o meu corpo. Preciso cuidar, e amar o que tenho,  e amei tanto o teu, quanto amei o meu. E continuarei.  É preciso amar.  Cair,  tropeçar, mas no fim,  amar. A vida é bela. E procurar a felicidade não é errado.

Comunicar

 Temos por onde comunicar. Tu conheces o meu número decor. Mas há uns tempos, pedi realmente que saísses da minha vida. Foi o que fizes-te. 

E é assim que tem de ser. Quem não está contigo, está contra ti.  E magoas. Então. Distância.  Vou-me afastar eu. E sair da tua vista. Vou estar aqui. Alguma coisa.  Também tens onde escrever. Vou largar aa redes sociais novamente. Podes lá publicar o que quiseres que não vou ver.

Cuida-te.

Jogar as mãos no alto

 E render-me, espezinharam-me sem cuidado, sem ligarem, aos sentimentos que notria. 

O que dei, sei que foi muito mais. Do que alguém será capaz de devolver.

Escreve mais

 Sempre vou gostar do que escreves. Pena não ligares nenhuma.

Voltar

 Sempre estás na ideia, que é fácil voltar. Por mais merda que faças, os meus braços vão estar sempre abertos.  Srmpre sabes disso. Sempre tens essa certeza. Sabes a certeza que não tens. A certeza da vida. A vida vai me levar, onde não vais poder ir. Não haverá mais braços com força e vitalidade.  A vida vai,  e os braços caem, bem do lado do corpo, inanimados.  A vida me leva onde não vais poder ir. Desculpa. Eu era para ficar, como porto de abrigo. Mas a vida é subtil. E me leva. Virarei luz. Virarei lembrança. Ficarei esperando, por ti, lá. À distância de uma vida. Desculpa. Não sou eu que não quero. É a vida que precisa ensinar, o que não consigo. Obrigado pela companhia. Eu te amarei para sempre na lembrança.

histórias perfeitas

 O mundo é feito de histórias perfeitas. o brilho das estrelas é perfeito, do meu ponto de vista, tudo o que é energia no mundo acaba um dia, mas durante toda a minha vida, nunca verei uma estrela perder o brilho. quero aprender a brilhar tanto.

Vergonha

 Já me sinto envergonhado, com tudo o que aconteceu. Não sou uma vítima, sou um culpado, já não vou mais dizer nada. Ser ignorado, já magoa o soficiente. Sempre disse, e para mim serve, cada um tem o que merece. Não pode ser tudo bonito. Procurar de novo, a minha positividade. A energia. O meu lugar no mundo e no universo. Perceber o que é isto. 

Não vejo o mesmo que tu. Nunca vi.  Temos olhos diferentes. 

Mas tranquilo, desculpa alguma coisa.  Devo ter feito muita merda contigo. Não era meu desejo. Obrigado por tudo. Desejo de verdade a tua felicidade. Que quando nos reencontrarmos, nos possamos rir,  a relembrar do passado. Eu sei que te amo,  e sempre vou pedir a quem tem poder, que te acompanhe. Que te acarinhe. E alivie as tuas dores. O tempo é um caminho sem volta.  Mas a vida tem muitas voltas e reencontros.  E nele existe o perdão, o amor e a gratidão. Acredito em ti. E acredito em mim. Vamos crescer muito. Podes querer que fique chateado, mas não consigo. Quando te batem de um lado, dá a outra face. Quero ser um exemplo. Já tive,  já conquistei,  não mantive, mas não preciso, quero aprender. Vivi de verdade, agora estou meio morto, mas sei que volto melhor. Trago um pouco da tua energia comigo. A parte boa claro.  

És linda. Beijos. Tudo de bom. 

Eu tenho vergonha. De te voltar a incomodar, mas quando tiveres mais solta. E livre, estou aqui. De novo. As cezes que forem precisas. Um pai não abandona uma filha.

Bom dia

 Vou caminhar, vou cuidar, de uma das duas únicas casas, que não vou poder me livrar, durante toda a vida. O meu corpo.  Nunca o vou poder deixar. Então cuido dele. O planeta,  é a segunda casa, que não posso deixar. Pelo menos, na atualidade. 

Tanto previ e disse, que ias embora sem um adeus. E foste mesmo. Também é verdade,  que te pedi, para saíres da minha vida. Bom saíste, também é verdade, que nunca me procuras-te, sempre fui eu que corri atrás. E aí estás tu de novo. Sem procurar. Ambos sabiamos o que ia acontecer.  Mas à algo que nunca aconteceu. Nunca me perdeste, sempre me abandonaste. 

Vivo consoante a minha consciência manda, não fazer aos outros, o que não quero que me façam a mim. Que sejas feliz e encontres paz. 

Como podes ver, na minha cabeça,  ainda existem muitos diálogos contigo. Ou muitos monólogos. 

Mas tudo bem. Eu te vi chamar outros de chatos à minha frente, afmgora deves de me estar a chamar de chato, nas minhas costas. 

A vida é bela.

Força de homem

Soube ontem de uma notícia. Não vejo notícias, então é raro saber. Mas acontece que, o que ontem era uma esperança,  hoje se torbou num desfecho, plausível. 

Morreu uma criança. 

Como morre muita gente no mundo. E que podemos nos fazer. Nada. 

Nós abrimos os poços, sem pensar em protegelos,  nós demoramos a reagir, para resgatar. Alguém de um acontecimento provável. 

É este o poder do homem. Que não consegue, dar protecção a uma simples criança aflita. Ninguém ousou.

Hoje, tudo reza,  tudo fala. Mas ninguém fez nada. Eu não fiz. E lamento, não o sucedido, mas a minha falta de força e coragem. Ainda bem, que a criança não tem mais de sofrer pela minha falta de força.. É isto que é poder. E é isto que o homem não tem. Poder. 

Morreu, sim, a pior das opções à vista dos nossos olhos,  e sentidos. 

Mas para mim. A criança apenas foi salva, por quem tem mais poder do que eu, e a livrou da dor. Do medo.  Da escuridão. Algo que ninguém neste mundo físico, e materialista, foi capaz de fazer.  

Não soi grande o soficiente,  para tirar a dor de alguém, me pondo no lugar dela. Mais depressa causo dor, do que alívio. E tu, quen sofre por tua causa. Já pediste perdão pela tua fraquesa. Já agradeceste, a quem resolveu o problema por ti?

Já amas-te a tua verdade, mesmo que fraca?

Do que precisas?

Tenho para te dar paz e amor. Socego. Aos meus olgos és uma miuda incrível, e como tal não dá para amar, sem idolatrar, sem ter desejo de possuir, é estranho e provavelmente isso nos vai levar ao ódio. A tua indiferença me causa dor.  Como ultrapassar isso? Não sei. 

Mas uma coisa eu tenho a certeza foi com amor no coração que te voltei a ver. E será amando de novo com o único interesse em dar amor, sem segundas intenções qe te vou convencer. Preciso de repouso.  Sim mais.  Só não te vejo à uma semana e ainda não recuperei toda a energia. Mas devo recuperar neste fim de semana. 

Repetindo um mantra que aprendi, capaz de curar tudo o que se encontra ao me redor. 

Eu te amo. 

Me perdoa. 

Eu te agradeço. 

Espero que surjas renascida e solta de problemas. Vou desejar que não me odeies.

Ser mau

 Por mais que possa parecer estar contra ti, ou estar simplesmente a ser chato. Eu gosto de ti e isso é inegável. Não consigo esquecer. Também não quero me tornar um simples estranho na tua vida. Vou estar aqui para te amparar. E te ajudar. Melhor, eubestou aqui para o que precisares. Só preciso que realmente acredites em mim. Como tens acreditado. Posso não ter sido útil, nestes últimos dias.  Mas sou com certeza num futuro. És uma menina boa.  Eu sei disso. Quero-te bem.  

Detesto ficar sem um olá. Sem uma mensagem. Sem uma justificação. Sem absolutamente nada. Doi... Magoa muito. Não foi a noite.  Foi a falta de interesse.  O não ligar. Doi... 

O orgulho já não permite? 

Eu já não tenho muita coragem. Já fico imaginando ser chato. Já fico imaginando milhares de coisas. Julgando, pensando. Desejando. Só quero que o tempo tudo leve. Só quero ser ignorante para não saber de nada, e culpar tudo e todos e dobrar os braços. Amoado com o mundo. Mas não posso. Tenho responsabilidades. Que tu não tens. Porque sei o que tu não sabes. Porque sinto o que tu não sentes. Podia ter sido muito, e nada foi. 

Quero-te de volta. Na minha vida. Mas como vou pedir agora isso. Qe atitudes posso tomar para o demonstrar. 

Faço merda.  Vou para a cama com outras. Converso com outras. Tento tapar o buraco que ficou. E nada resulta. Só piora. Iludo, para me iludir, com o intuito de sair da ilusão. Estragando a vida de quem se cruza comigo.

Apaga-te da minha memória para não pensar. Quero dormir para sempre. Mas até nos sonhos apareces. Já não sei que fazer. Eu que sempre sei tudo. Estou de braços e pés atados contigo. 

Respeitar

 Vou respeitar o teu espaço. Gostava de ter recebido os exercícios de ontem. Sei que não pedi. Gostava de receber, nem que fosse um oi, está tudo bem. Mas respeito vou respeitar o teu tempo e espaço. 

Falei muito em perdas mas que está agora a perder sou eu. Vou trabalhar por dar um pouco mais. Vou agora a uma loja de brinquedos de crescidos. Para brincar um pouco mais.

Por isso não estou desamparado, mas me sinto perdido.

Solidão

 Não precisas mais de mim. Tens tudo o que precisas. Fui uma pedra no sapato.  Na tua vida. Livra-te para não ficares prejudicada.  A liberdade é a tua meta, vai. É o melhor que fazes. Ainda voi destruir muita coisa à minha volta. Por isso some para não seres afetada. Tenho más energias. E muita coisa ruim a minha volta. Não precisas me explicar nada. Eu aqui tu aí. E assim viveremos e morreremos. É só uma questão de tempo. 

Fraco e inútil a vida toda. Um triste sem remédio. Não sei o como me divertir, ou conversar.  Sempre me isolo, e é assim que pretendo continuar. Toda a gente tem vontade de vencer e lutar para viver. Eu não. É uma merda. Deixa-me só. 

Só quero dormir. Para trabalhar, para pagar contas que não são minhas, para dar o dinheiro que os outros precisam eu não preciso de dinheiro. É um veneno. Só quero paz e descanso.

Palavra pesadelos

 Como surgem os pesadelos, sei eu que enquanto dormimos, o nosso corpo astral flutua por cima do nosso corpo fisico, sei que é possível acordar dentro do sonho,  e ser livre de fazer o que quiser dentro dele, desde voar pelo espaço, até procurar um guia para fazee questões e obter respostas. Sei, que muitos dos sonhos que temos, estão ligados ao nosso subconsciente,  são as informações da nossa alma, para o nosso consciente. Se percorremos caminhos difíceis se nos espera problemas na vida, decisões capazes de alterar completamente o rumo, daquilo a que nos propozemos fazer em vida. Não sei porque precisamos sonhar com o que nos assusta e temoriza. Podiam apenas ser simples comversas, clara e precisas. A vida tem tanta subtileza, nos avisos que nos dá.  Porque os sonhos não são iguais. É certo, consigo me lembrar mais facilmente de um pesadelo, do que de um sonho normal. Talvez seja como um ralhete, muitas vezes falo do que sei, do que aprendi do que vivi,  e apenas sou ignorado, não sou levado a sério.  Mas mais tarde quando tenho razão, preciso insistir em tom mais alto, vês eu disse-te. Para mostrar que eu estava certo na minha análise. A vida também, escolheste errado,  agora a vida vem te atormentar, para dizer, que te avisou, que te mostrou o que podias escolher e fazer, mas não quiseste,  e grita horrorizada, no teu subconsciente. Que estás a fazer.  Vê bem, se continuares assim, vao acontecer algo que eu te avisei neste sonho.  E se o sonho foi mau, a realidade, será mais dolorosa. Escuta bem a vida. Não precisas de muito. Basta olhar à volta, o que tens o que não tens, e o que realmente precisas. Pois foram as tuas escolhas, que te trouxeram aqui,  a vida te trará mais oportunidades.

Parágrafo

 "Tirando o sonho da galinha a ser comida, que por acaso era eu e o facto da gata não me deixar dormir ali alguns longos minutos, o resto da noite até não correu mal, nem tive sonhos, nem pesadelos.  Acordei eram cerca de 10 horas, parecia que tinha levado uma sova, eram dores da lenha que tinha carregado. "

Sensação que me transmite: sendo este parágrafo de alguém que conheço, e sei um pouco da história, fico pensativo, como consegue ela aguentar tamanha injustiça, acordar a meio dos sonos, andar maioritariamente cansada pelas poucas horas de descanso e repouso, imaginar-se sendo comida,  imaginar-se a trabalhar e a criar dores fisicas por trabalhos astrais. Durante os sonhos. É triste.

Descer

 Que pressa a minha, preciso de fazer uma grande viagem,  para poder ver as horas, nesta casa apenas existe um relógio, e ele fica no andar de baixo, eu durmo cá em cima, e apenas me importo com o piar do cucu, sim, este maravilhoso relógio, apenas canta uma vez por dia,  e apenas nessa vez eu sei as horas. Mas hoje, diferente dos outros dias, eu preciso de me encontrar com a minha essência,  aquela que fica lá dentro. A viagem é grande, vou precisar me segurar no corrimão, no momento em que descer as escadas,  para não cair, estou debelitado, triste, mas ao mesmo tempo, entusiasmado pelo reencontro. Que horas são?

Onde fica o restaurante

 Estou sim, boa tarde menina,  pode-me indicar a direção do Seu restaurante,  ando perdido há duas horas, e ainda não encontrei o Seu restaurante. Ele existe, é que pelas indicações que me deu anteriormente, não coincidem,  com o local onde me encontro. Pois eu sei, que a última vez que falámos foi à dois anos, mas é o Seu restaurante, ele não sai do sitio. 

Porque raio é que o bairro onde está o Seu restaurante haveria de ser demolido. E não me avisou. Foi demolido há um ano, e eu à dois me havia comprometido em lá ir, então podia me ter avisado, agora estou eu aqui à procura do Seu restaurante, e não o encontro. Pois,  já sei, foi demolido, e agora, onde vou eu almoçar, precisava de ir ao Seu restaurante. 

Peço desculpa, mas então não vou comparecer, eu já vim hoje, e o Seu restaurante, não estava cá, também já nao volto. Tenha paciência, mas não me volto a comprometer mais com o Seu restaurante. 

Muito bem, está garantido, comprometo-me a ir ao Teu restaurante. Um dia destes eu passo aí.