10 de fev. de 2022

Corvo

 És como um corvo. Sempre à procura de objetos novos e brilhantes. Metes as garras, levas para o ninho e largas. Depoia voltas a procurar novo. 

Corvo é uma ave da família dos corvídeos, normalmente caracterizado pela sua plumagem escura (geralmente preta) e encontrado em quase todos os continentes. Popularmente, o corvo é interpretado como o sinal místico de mau presságio.  Simbolicamente, o corvo é relacionado com o mau agouro, a morte, o azar e com outros elementos obscuros e sombrios. No entanto, também pode simbolizar algumas características positivas, como a sabedoria, a astúcia e a fertilidade. 

É um pouco o que fazes. Uma parte de mim morreu contigo. Mas há mais passaros, e se não estás no ninho, há mais quem pegue. 

A figura do corvo está presente na mitologia de diversas culturas ao redor do mundo. Na Ásia Central e Ásia Oriental, por exemplo, existe o Yatagarasu – um corvo de três pernas – conhecido por ser o mensageiro do céu e do deus do Sol.  Cada uma das patas do Yatagarasu representaria uma das qualidades básicas dos deuses, de acordo com a mitologia japonesa: chi (a sabedoria), jin (a benevolência) e yuu (o valor).  O Yatagarasu não é interpretado como um sinal de mau presságio, mas sim como um poderoso navegador, característica esta observada nos corvos, que são capazes de se orientar facilmente mesmo em terras desconhecidas.  Na tradução do japonês, Yatagarasu significaria aproximadamente “Corvo de 8 Pernas” ou “Supremo Corvo Divino”, visto que para a cultura japonesa o número oito é interpretado com sinônimo daquilo que é "supremo" e "perfeito". 

 Corvo na Bruxaria 

 Os corvos também são constantemente associados aos contos de feitiçaria e bruxaria. De acordo com muitas culturas, as bruxas e feiticeiros utilizam das capacidades de premonição dos corvos para prever o futuro e se comunicarem com as forças espirituais do além, já que o corvo também representaria a ligação entre o mundo dos vivos e dos mortos.  Na Idade Média, principalmente, também se acreditava que os corvos seriam os animais de estimação das bruxas, ou que estas teriam a capacidade mágica de se transformar nessas aves.  Mas, por outro lado, os xamãs – feiticeiros indígenas – de tribos norte-americanas encaravam os corvos como seres divinos, animais conselheiros dotados de sabedoria. Costumavam ser representados em totens de proteção contra energias negativas.

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