9 de mar. de 2022

Escrita

 Vou ter muitas mensagens, para te deixar,  que me vão surgindo aos poucos. Não deixes de escrever. Um dia publica o livro.  Não fiques com raiva, ou ódio de mim. Não te quero mal, só preciso de estar indisponível. Não precisas te vingar de mim, ou algo género. Ou me seguir,  e saber tudo o que faço, como fazes com os outros. Tu escolhes-te um caminho, eu até agora esperei ser escolhido. Não fui, mas também não tenho ninguém,  nem vou querer tão depressa. Tu és má para mim. E eu não preciso. Não estou a fugir. Ou talvez esteja, mas é uma escolha minha. Não é desistir.  Pelo menos não de mim. Talvez esteja a desistir de ti. Mesmo que tenha dito que não desistia. Tu tens sempre quem te ampare.  Mas eu se precisar, não vais lá estar. Vais estar noutro. Se fosse contigo, não ias gostar, mas não ligas em fazer a mim. Nem aos outros.  Não queres maridos. Nem nanorados. Então não precisas de mim. Mesmo que eu ache que só dizes isso, para não teres de te magoar de novo.  Podes não assumir, mas estás de alguma forma traumatizada. Não te culpo de nada. Mas também não tenho de levar com tudo. Tentei te dar o que tenho, e apenas dar amor, continuo sem te julgar. A vida não te tem sorrido. E agora ainda perdes um amigo. Pelo menos na tua ideia. Não me perdes-te. Se precisares mesmo,  vais saber onde me encontrar. E eu vou cá estar. Tentei muito,  tentei o que sabia tentar.  Não te animas comigo. Não preciso estar perto. Se me lembrar de mais eu depois escrevo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário